Lideranças do PSDB paulistano ameaçam, nos bastidores, não apoiar a reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em 2024, caso o partido não fique com a vaga de vice na chapa.
Caciques tucanos admitem que a sigla não tem hoje um nome forte para concorrer à prefeitura da capital paulista, mas prometem avaliar opções se Nunes não oferecer sua vice ao PSDB.
Para os tucanos, a vaga seria uma questão de reciprocidade. Em 2020, quando Bruno Covas (PSDB) foi eleito prefeito, Nunes foi escolhido como vice mesmo sendo um nome desconhecido do eleitorado.
A ideia do PSDB é escolher para a vice um perfil parecido ao de Nunes há quatro anos: um quadro qualificado, possivelmente um vereador ou um deputado estadual, mas sem capital político suficiente para uma disputa majoritária.
Em resposta a nota, o presidente do diretório municipal de São Paulo do PSDB, Fernando Alfredo, entrou em contato com a coluna para afirmar que, apesar da sigla desejar indicar o vice, não é fator condicionante para o apoio a Nunes.
“A questão da vice será discutida, mas é uma decisão do prefeito Ricardo Nunes. O PSDB quer participar da discussão da vice, mas caminha com a candidatura dele”, afirmou.
Outros nomes
Como vem mostrando a coluna, outras lideranças políticas paulistas vêm tentando se viabilizar, nos bastidores, para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, no próximo ano.
Além dos deputados Guilherme Boulos (PSol-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), o ex-governador Rodrigo Garcia cogita lançar seu nome, caso Nunes não cresça nas pesquisas de intenção de voto.
Para tentar minar a candidatura de Salles e atrair os bolsonaristas para sua órbita, o atual prefeito da capital sinalizou que pode oferecer a vice em sua chapa para o PL.
