Comandando por Gilberto Kassab, o PSD entrou em campo para blindar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, das ofensivas de parlamentares da esquerda na Câmara.
Nesta semana, lideranças do PSD atuaram para brecar uma articulação do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) para levar Campos Neto a explicar, no plenário da Casa, a política de juros do BC.
Em uma reunião na quarta-feira (8/2), na Câmara, Boulos tentou colher assinaturas dos líderes de partidos da base em apoio a um requerimento de convite ao presidente do banco.
Vice-líder do governo Lula na Câmara, Pedro Paulo (PSD-RJ) reagiu e se posicionou contra a ideia. O deputado, segundo relatos, disse que a iniciativa seria um “erro” e acirraria ainda mais os ânimos.
Lideranças do MDB e do União Brasil também não assinaram o requerimento de Boulos. Assim como o PSD, os dois partidos de centro comandam ministérios importantes no governo Lula.
A aposta no PSD é de que, sem o apoio dos partidos do Centrão que integram o governo, dificilmente Boulos conseguirá aprovar o requerimento de convite a Campos Neto.
Senado
No Senado, o PSD deve presidir a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), colegiado ao qual o presidente do BC deve prestar esclarecimentos regularmente sobre o trabalho da autoridade monetária.
O presidente da CAE em 2023 deve ser o senador Vandelan Cardoso (PSD-GO). O parlamentar, que tem um perfil de centro-direita, também deve atuar para blindar Campos Neto das ofensivas da oposição.
