O Palácio do Planalto acionou o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, para resolver o imbróglio da nomeação do ex-deputado olavista Heitor Freire (União Brasil-CE) para um cargo no governo Lula.
Freire, como noticiou a coluna, foi nomeado na semana passada para um diretoria da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). O passado do ex-deputado levou lideranças petistas a reagiram à nomeação.
O ex-parlamentar foi próximo de Jair Bolsonaro, mas rompeu com ele após a saída do ex-presidente do PSL, em 2019. Freire também se dizia aluno do guru bolsonarista Olavo de Carvalho.
Também repercutiu mal entre petistas o fato de Freire já ter entrado na Justiça pedindo a extinção do PT e de ter exaltado diversas vezes o general Ustra, torturador que comandou o Doi-Codi de São Paulo na ditadura militar.
Diante da pressão de petistas pela exoneração de Freire, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu que Waldez converse com Freire e com Luciano Bivar, presidente do União Brasil e autor da indicação.
A orientação foi para que Waldez analise com Bivar uma solução política para viabilizar a permanência do ex-deputado no cargo, em meio a tantos pedidos de lideranças do PT pela demissão dele.
Embora não seja filiado ao partido, o ministro da Integração Nacional foi acionado pelo Planalto por ter sido nomeado para a pasta na cota da legenda.