Antes de definir sua posição na votação da reforma tributária, o PL no Senado quer que a Casa faça uma série de simulações para entender o impacto das mudanças apontado por alguns setores da economia.
À coluna o líder da sigla na Casa, senador Carlos Portinho (PL-RJ), disse que irá exigir estudos para entender quem irá “pagar a conta” da reforma tributária, e que isso terá de ser debatido em audiências públicas sobre a reforma.
“A Câmara não fez os estudos, as projeções de impacto de quem paga essa conta. São esses dados que a gente vai exigir. Qual o impacto que a Receite Federal vai apresentar de conta. Estou vendo entidades de tecnologias falarem que o impacto será de 189%. E a gente vive na era da tecnologia. Sobre o prestador de serviço, quem não é médico e profissional de educação, eu tenho lido que quem paga R$ 865 mil por ano vai passar a pagar R$ 2,2 milhões por ano”, disse Portinho.
O líder do PL, entretanto, deixa aberta a possibilidade de que a sigla vote pela aprovação da reforma, caso seja demonstrado que os impactos serão positivos para os contribuintes.
“Se essas simulações que eu acompanho não são verdadeiras, e isso deve ser externado em audiências públicas, debates, aí sim, se a conta for favorável de algum modo para o contribuinte, a gente pode votar a favor. Agora, não é, sinceramente, o que me parece”, afirmou.
Na Câmara dos Deputados, a maioria dos deputados do PL votou contra a reforma tributária. Como mostrou a coluna, 20 dos 99 deputados da sigla contrariaram a orientação da liderança e votaram favoravelmente ao texto.