O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), jantaram juntos na quinta-feira (14/12), no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual.
O jantar serviu para aparar as arestas após ruído entre eles em relação ao aumento das tarifas de metrô e trens no estado. Por decisão do governador, a tarifa passará dos atuais R$ 4,40 para R$ 5 a partir de janeiro.
O anúncio por parte do Estado significou o rompimento de um acordo vigente entre prefeitura e governo desde 2012 para a cobrança do mesmo valor para os três meios de transporte (ônibus, trens e metrôs).
Nunes e Tarcísio, como mostrou o Metrópoles, se desentendem sobre a tarifa desde que o assunto entrou em pauta, em novembro, diante da proximidade de janeiro, mês em que a passagem costuma ser reajustada.
Tarcísio, responsável por Metrô e CPTM, defendia que a tarifa fosse reajustada porque as estatais passam por uma crise financeira aguda, com prejuízos acumulados nos últimos três anos superiores a R$ 3 bilhões.
Já Nunes, que é candidato à reeleição em 2024, defendeu não só que a tarifa permanecesse congelada — o último aumento foi em 2020 —, como estimulou o debate sobre a criação da tarifa zero universal na cidade.
Na quinta, o desentendimento voltou à tona após Tarcísio anunciar o aumento da tarifa sem coordenação prévia com a prefeitura. O entorno de Nunes, como noticiou o Metrópoles, viu a estratégia como retaliação.
Na avaliação de auxiliares do prefeito, Tarcísio teria ficado aborrecido com a proposta de tarifa zero aos domingos na capital paulista, pois esperava do prefeito encontrar uma solução conjunta para o tema.
Após o jantar, Nunes disse à coluna que sua relação com o governador segue boa. Segundo ele, a tarifa zero aos domingos está “mantida”, assim como o aumento da passagem de trem e metrô pelo estado.
“O Domingão Tarifa Zero está mantido. A tarifa de 4,40 também mantida. Não mudou nada na prefeitura”, afirmou o prefeito, que tentará reeleição em outubro do próximo ano.
