O presidente Lula foi tranquilizado por auxiliares em relação à subprocuradora Elizeta Ramos, que assumiu interinamente o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) após o fim do mandato de Augusto Aras.
Ministros e assessores do governo ponderaram a Lula que não há motivos para se preocupar com Elizeta, descrita por esses auxiliares presidenciais como uma subprocuradora “experiente e equilibrada”.
O presidente também foi avisado que Elizeta não pretende fazer mudanças bruscas na PGR. Ela teria prometido manter boa parte da equipe de Aras durante sua interinidade à frente do órgão.
Segundo auxiliares de Lula, essas ponderações contribuíram para a decisão do petista de deixar a indicação do sucessor de Aras para depois da cirurgia que fará no quadril, como a coluna antecipou no sábado (23/9).
Até então, havia um temor no Planalto com o passado de Elizeta. Como noticiou a coluna, a subprocuradora já assinou uma nota defendendo a nomeação de Sergio Moro para o Ministério da Justiça de Jair Bolsonaro.
Novas reuniões só após a cirurgia
Tranquilizado sobre Elizeta, Lula pediu a assessores que adiassem para depois da cirurgia as reuniões com cotados para a PGR. A ordem é para que os encontros só sejam retomados após o petista se recuperar do procedimento.
Com esses pedidos do presidente da República, auxiliares de Lula já preveem que o anúncio do sucessor definitivo de Aras na PGR pode acabar ficando para o final de outubro.
Cotados para a PGR
Até o momento, os subprocuradores Paulo Gonet e Antônio Carlos Bigonha são considerados os mais cotados para a vaga. Os dois, inclusive, já foram recebidos pelo presidente no Palácio do Planalto.
Lula, no entanto, indicou, nos bastidores, desejo de ter um novo encontro com Gonet e Bigonha. Também pediu a auxiliares que o trouxessem novas sugestões para a chefia da PGR.
Entre os novos nomes sugeridos ao petista, estão os subprocuradores Luiz Augusto dos Santos Lima, Aurélio Rios e Carlos Frederico Santos, os quais devem ser recebidos pelo presidente após a cirurgia.
