A crise interna do PSDB deve ganhar um novo capítulo nas próximas semanas. Isso porque a convenção municipal do partido em São Paulo deve acontecer, mesmo após a suspensão determinada pelo diretório estadual.
Lideranças da sigla na cidade dizem que a militância do partido exige e já se mobiliza para a realização da convenção, que determinará a executiva municipal e os rumos do partido nas eleições de 2024.
A alegação é que a não realização das eleições resultaria em uma interferência indevida no diretório municipla. Segundo eles, a direção estadual da sigla não tem poder para determinar a suspensão da convenção.
O próprio presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, deixou claro em sua defesa das acusações de filiação em massa que não há previsão de suspensão de convenção no estatuto da legenda, apenas a possibilidade de “cancelamento” caso sejam apuradas irregularidades.
A convenção do PSDB em São Paulo está prevista para o dia 17 de setembro. A direção estadual da sigla, comandada por Marco Vinholi, suspendeu a reunião. Um dos motivo seria a desfiliação de 435 membros do partido entre 2018 e 2023 sem o devido processo de contraditório, além de possível “filiação em massa” de novos tucanos .
Como mostrou o Metrópoles, parte da briga está relacionada a um possível apoio da legenda à reeleição de Ricardo Nunes na prefeitura de São Paulo.
Alfredo defende que o partido esteja com Nunes e busque um espaço na gestão do emedebista. Outras lideranças tucanas querem que o PSDB lance um candidato próprio na capital paulista.
