A lista de militares da ativa lotados no Palácio do Planalto que participaram de atos no já desmontado acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército em Brasília não para de crescer.
A coluna teve acesso a imagens que mostram a presença, no local, do sargento da Polícia Militar do Distrito Federal Márcio Rivelino, atual coordenador de suporte da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom).
Rivelino assumiu o cargo comissionado na Secom em 1º de setembro de 2022, quando o secretário de Comunicação do governo Jair Bolsonaro já era o coronel da PM do Distrito Federal André Costa.
Mesmo após 20 dias do início do governo Lula e da nomeação de um novo chefe para a Secom, o sargento ainda segue no cargo comissionado na secretaria, pelo qual recebe salário mensal bruto de R$ 6,2 mil.
Redes sociais
As imagens de Rivelino em atos no QG do Exército foram postadas pelo próprio militar nas redes sociais. Uma delas mostra ele em um protesto no local no dia 15 de novembro de 2022, feriado da Proclamação da República.
Nas fotos, Rivelino aparece ao lado de familiares, vestindo camiseta da Seleção Brasileira e segurando a bandeira do Brasil. “Grito pela liberdade”, escreveu o policial junto com a foto do ato de 15 de novembro.
Outro lado
A coluna procurou Rivelino e a Secrataria de Comunicação Social da Presidência nesta sexta-feira (20/1) para comentarem as imagens, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.
Rivelino não foi o único militar da ativa lotado na Presidência que compareceu em 2022 a atos no acampamento golpista em frente ao QG do Exército em Brasília.
Nesta sexta, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que o Ministério da Justiça tem em mãos um relatório que identifica a presença de outros oito militares do Planalto em atos no local.
