Ministros do governo Lula minimizaram, nas últimas horas, o possível “avanço” de Rogério Marinho (PL-RN) contra Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na disputa pela presidência do Senado.
A avaliação é de que as declarações de que o senador bolsonarista já teria os votos suficientes para vencer a eleição seriam apenas discurso político para tentar criar uma onda pró-Marinho.
“É só barulho”, afirmou à coluna o ministro do Desenvolvimento Agrário e deputado federal licenciado, Paulo Texeira (PT-SP).
Nos bastidores, porém, integrantes do Palácio do Planalto admitem que Marinho acabou conquistando mais votos do que o previsto inicialmente pelo governo e revisam para baixo suas projeções para vitória de Pacheco.
Em conversa com a coluna na manhã desta quarta-feira (1º/2), a poucas horas da eleição no Senado, ministros palacinos previam que o atual presidente da Casa será reeleito com um placar entre 44 e 50 votos.
Até a semana passada, como noticiou a coluna, a projeção de auxiliares de Lula que dão expediente no Planalto era de que Pacheco teria entre 56 e 58 votos na disputa contra Rogério Marinho.
Ministros do governo afirmam que a revisão para baixo do placar tem a ver com o movimento de alguns senadores de prometer votos para os dois candidatos, o que embaralha as projeções.
Os anúncios de voto em Marinho por parte de senadores de siglas do Centrão que têm ministérios no governo, como PSD e MDB, também ligou o alerta entre articuladores do governo Lula.