Candidato à reeleição, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), reuniu apoiadores num jantar em Brasília na noite de terça-feira (31/1), véspera da disputa que definirá as mesas diretoras do Congresso Nacional.
Com a reeleição de Lira dada como certa, o assunto principal da noite acabou sendo a eleição para a presidência do Senado, marcada pela acirrada disputa entre Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Rogério Marinho (PL-RN).
Nas rodas de conversas, a maioria dos parlamentares e dirigentes de partidos do Centrão, como PL, Republicanos, PP, Podemos e até o União Brasil, apostavam em uma “vitória apertada” de Marinho.
O cálculo era de que o senador eleito pelo Rio Grande do Norte terá 44 votos na eleição, favorecido por “traições” no campo de Pacheco. Para vencer a disputa, o candidato precisa de pelo menos 41 votos.
Para essas lideranças do Centrão, o atual presidente do Senado “pagará” pela rejeição do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), principal fiador da candidatura de Pacheco na Casa.
Além de reclamações sobre a distribuição do “orçamento secreto” quando Alcolumbre era presidente do Senado, houve críticas à articulação do senador amapaense para ser o sucessor de Pacheco em 2025.
O jantar
O jantar pró-Lira aconteceu na casa de Alexandre Baldy (PP-GO), ex-deputado federal, ex-ministro das Cidades do governo Michel Temer e ex-secretário de Transportes Metropolitanos do governo João Doria.
O encontro reuniu lideranças políticas da direita, do centro e da esquerda. Entre eles, os presidentes nacionais do Republicanos, Marcos Pereira; do Progressistas, Ciro Nogueira; e do Podemos, Renata Abreu.
Também passaram pelo jantar o ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil), e o deputado federal André Janones (Avante-MG), apoiador do presidente da República.
Ex-auxiliares de Jair Bolsonaro também prestigiaram o evento. Entre eles, Bruno Bianco, ex-ministro da AGU, e Vicente Santini, ex-assessor especial de Bolsonaro no Palácio do Planalto.
