Em uma tentativa de angariar votos entre conservadores no Senado, o ministro Flávio Dino tem prometido a senadores da oposição que se posicionará contra a descriminalização do aborto no STF.
Nas conversas com parlamentares, Dino, que é católico, diz entender que esta e outras pautas, como a questão do marco temporal das terras indígenas, pertencem ao Legislativo, e não ao Judiciário.
Nas reuniões, segundo relatos, Dino também tem se antecipado a possíveis polêmicas que a oposição pretende questioná-lo durante a sabatina no Senado, marcada para a quarta-feira (13/12).
O ministro, de acordo com senadores, tem dado explicações sobre as agendas da esposa de um líder do Comando Vermelho no Ministério da Justiça e sobre a atuação do Ministério da Justiça no 8 de Janeiro.
Sabatina
Dino será sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta simultaneamente ao subprocurador Paulo Gonet, indicado por Lula para a Procuradoria-Geral da República (PGR).
As indicações dos dois devem ser submetidas ao plenário do Senado no mesmo dia. Para serem aprovados, Dino e Gonet precisam, cada um, do voto de ao menos 41 dos 81 senadores que compõem a Casa.
