O ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, poderá ter de explicar à Câmara os critérios que levaram o youtuber Felipe Neto para o grupo de trabalho “contra o discurso de ódio”.
Foi protocolado, nesta quinta-feira (23/2), na Casa Legislativa, um requerimento de informação feito pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS). No documento, o parlamentar pede explicações ao ministro sobre a nomeação.
O youtuber foi nomeado junto com outros 23 representantes da sociedade civil para um grupo de trabalho que irá estudar “estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo”. O GT será comandado pela ex-deputada Manuela D’Ávila.
No requerimento, Zucco questiona Silvio de Almeida sobre as nomeações. E foca especialmente em Felipe Neto, uma das vozes críticas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele pergunta se foi feito um levantamento da postura dos escolhidos nas redes sociais.
“Pior ainda: pessoas que já promoveram discursos de ódio pavorosos nas redes sociais, a exemplo do youtuber Felipe Neto, que já incentivou vários ataques ao ex-presidente, senhor Jair Messias Bolsonaro, que foi designado como representante da sociedade civil para composição do grupo de trabalho”, diz Zucco.
Além de Neto, a jornalista Patrícia Campos Mello, a antropóloga e pesquisadora Débora Diniz e o epidemiologista e professor Pedro Hallal também fazem parte do GT.