Notícias, furos e bastidores de política e economia. Com Gustavo Zucchi

Bolsonarista propõe que apenas Senado indique futuros ministros do STF

Senador bolsonarista apresentou projeto para transferir, do presidente da República para o Senado, o poder de indicar ministros do STF

atualizado 19/12/2023 10:40

Compartilhar notícia
imagem colorida mostra senador marcos rogério na votação da CCJ do Senado sobre marco temporal - Metrópoles Edilson Rodrigues/Agência Senado

Após o Senado aprovar a indicação de Flávio Dino ao STF, o senador bolsonarista Marcos Rogério (PL-RO) apresentou um projeto na Casa para alterar a forma de escolha dos futuros ministros da Corte.

Com uma leitura pouco convencional da Constituição Federal de 1988, a proposta do parlamentar tira o poder do presidente da República e dá apenas ao Senado o direito de indicar e aprovar ministros do Supremo.

No projeto, o senador bolsonarista alega que a Constituição não especifica que cabe ao presidente da República a indicação e que a “melhor leitura” seria de que a tarefa cabe aos senadores.

“Fica claro da leitura do dispositivo que, em nenhum momento, o constituinte afirmou que a escolha cabe ao presidente da República. Ao contrário, a melhor leitura do dispositivo é a seguinte: depois de escolhidos e aprovados pela maioria absoluta do Senado Federal, os ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo presidente da República”, defende Rogério, que foi vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e é próximo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Com base nessa leitura, o senador bolsonarista propõe mudar a forma de indicação de ministros do STF apenas por meio de projeto de resolução para alterar o regimento interno do Senado.

Como funcionaria a escolha

Em seu projeto, Marcos Rogério propõe que a indicação de ministros do STF seja feita pelos senadores por meio de uma espécie de conclave, votação do colégio de cardeais da Igreja Católica que indica e vota um novo papa.

De acordo com a proposta, após cinco dias da vacância de um dos ministros do STF, os líderes do Senado apontariam nomes avaliados por suas bancadas para a Corte.

Os indicados seriam sabatinados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, seriam votados pelo plenário. A votação se estenderia até que um dos nomes obtivesse maioria absoluta dos senadores (41 votos).

Com vários nomes em apreciação, a cada votação o menos um candidato seria excluído, até que restassem apenas dois nomes. Ao presidente da República caberia apenas a nomeação do ministro do STF escolhido.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Últimas notícias
  • JWPLAYER

    <div style=”position:relative;overflow:hidden;padding-bottom:56.25%”><iframe src=”https://cdn.jwplayer.com/players/yuagbah7-UoHZWlYw.html” width=”100%” height=”100%” frameborder=”0″ scrolling=”auto” title=”CBMDF combate queimada em mata próxima a Papuda.mp4″ style=”position:absolute;” allowfullscreen></iframe></div> Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente. Faça uma […]

  • JWPLAYER

    Aqui vai o embed: Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Compartilhar
Sair da versão mobile