O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atuou nos bastidores para tranquilizar Simone Tebet sobre a decisão de Lula de nomear o economista Márcio Pochmann para a presidência do IBGE.
Os dois ministros conversaram sobre o assunto algumas vezes ao longo da semana. Um das conversas aconteceu ainda na segunda-feira (24/7), quando Tebet ligou para o chefe da equipe econômica.
Na conversa, ocorrida antes de o Palácio do Planalto confirmar o nome Pochmann, Haddad afirmou à colega que não valia à pena ela entrar em uma bola divivida para questionar a indicação por alguns motivos.
Segundo relatos, o ministro da Fazenda ressaltou à Tebet que o nome do economista tinha sido escolhido pelo próprio Lula, o que inviabilizaria qualquer questionamento à indicação dentro do governo.
Haddad também ponderou à ministra do Planejamento que o IBGE é um órgão com um corpo técnico robusto e com atuação limitada, o que restringirá a atuação de Pochamnn.
Sem dificuldades
Além da conversa reservada, o ministro da Fazenda tranquilizou Tebet publicamente, durante a entrevista concedida ao Metrópoles na quarta-feira (26/7), horas antes de o Planalto confirmar a indicaçãodo economista.
“Não sei se essa decisão está tomada, se já foi anunciada. O que quero dizer é o seguinte: ela não vai ter a menor dificuldade de trabalhar. [O Pochmann é uma] pessoa disciplinada, leal ao presidente”, afirmou Haddad na entrevista.
Formado pela Unicamp, Pochmann é o atual presidente do Instituto Lula. Antes disso, ele presidiu a Fundação Perseu Abramo, braço teórico do PT.
