Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Sobreoferta de energia celebrada pela Aneel é, na verdade, razão de preocupação

Sobreoferta divulgada pela Aneel pode ser, na verdade, uma subdemanda de energia elétrica de mais de sete anos, segundo o Instituto Ilumina

atualizado 13/07/2023 11:57

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aneel Vinícius Santa Rosa/Metrópoles

Uma audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, em 30 de maio, celebrou a existência de “sobreoferta gigantesca” de energia elétrica no Brasil, mas a festa pode ser razão mais de preocupação do que de comemoração.

Uma análise feita pelo diretor do Instituto Ilumina, Roberto D’Araújo, mostra que aquilo que o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, chama de sobreoferta é uma subdemanda de mais de sete anos. Explica D’Araújo:

“A verdade é que, fruto de uma economia que não cresce e se desindustrializa, o consumo total de energia elétrica não aumenta mais como antigamente. Se até 2015 crescíamos uma média de 3,7% ao ano, desde então esse percentual caiu para 1,6%: menos da metade da taxa registrada no passado. Temos estoque porque não conseguimos usar.”

O diretor lembra ainda que capacidade instalada não define oferta. A maior participação de fontes renováveis intermitentes e de geração imprevisível mostra que essa sobreoferta não é garantia de segurança de abastecimento, nem de tarifa mais barata.

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