Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Sensação no Podemos é que Moro não fez o suficiente para apoiar Deltan

Sergio Moro não participou da despedida de Deltan Dallagnol na Câmara porque estava reunido com o ministro Alexandre de Moraes

atualizado 19/05/2023 17:33

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Nikolas Moro Igo Estrela/Metrópoles

Dirigentes do Podemos que acompanharam Deltan Dallagnol ao longo desta semana ficaram com a sensação de que Sergio Moro não fez o suficiente para apoiar o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato, cujo mandato foi cassado pelo TSE na terça-feira (16/5).

O Podemos foi a primeira sigla que deu guarida ao ex-juiz. A direção partidária aposta que Moro não quis adotar postura combativa porque está com medo de ter o mandato de senador cassado.

A ausência de Moro foi sentida na coletiva de imprensa que marcou a despedida de Deltan na Câmara, na quarta-feira (17/5) à tarde. O senador não foi ao ato porque tinha audiência marcada com o ministro do STF Alexandre de Moraes, um dos magistrados que votou pela cassação de Deltan.

O ex-juiz também não foi recepcionar Deltan no Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, nesta sexta-feira (19/5). O senador do União Brasil desembarcou na capital paranaense na noite anterior, mas não deu as caras no ato organizado por apoiadores do ex-procurador.

Moro tornou-se desafeto da presidente do Podemos, Renata Abreu, após a frustrada tentativa de concorrer ao Planalto em 2022. Renata esteve com Deltan durante toda a semana e cedeu a ele a estrutura jurídica e de comunicação do partido.

A presença de Renata ao lado de Deltan foi mais um sinal de infidelidade do Podemos em relação ao governo federal. O partido ganhou dois cargos para ajudar o Planalto no Congresso, mas não tem se portado como uma sigla da base lulista.

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