Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Reunião de entregadores com governo teve gritaria e microfone cortado

Foi agitada a reunião entre o governo Lula e os líderes dos entregadores e motoristas de apps; pauta era a regulamentação dos serviços

atualizado 18/03/2023 17:30

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Motoboys participam de paralização nacional em Brasília MATHEUS W ALVES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A reunião convocada pelo governo Lula para discutir a regulamentação dos aplicativos de serviços com entregadores e motoristas foi marcada por gritos de “cala a boca”, tapas na mesa e microfones cortados.

Os representantes dos trabalhadores de aplicativo foram convidados a discutir o assunto com o governo no mês passado. O secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho, Gilberto Carvalho, tentou mediar o debate — e controlar o ânimo dos exaltados.

Não houve consenso entre os trabalhadores de aplicativo. Quem participou da discussão diz que a maioria rejeita a aplicação do regime CLT para os serviços prestados por meio de plataformas como iFood, Rappi e Uber.

O governo Lula está com dificuldade para encontrar lideranças que de fato representem os trabalhadores de apps. A categoria não possui organização sindical e atua de maneira difusa, por meio de grupos no WhatsApp e em outras redes sociais.

As centrais sindicais já foram acionadas pelo governo para ajudar a escolher as lideranças dos trabalhadores. Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é tido como o nome ideal para organizar sessões plenárias entre os entregadores e motoristas.

O governo precisa constituir representantes da categoria porque os trabalhadores terão assentos garantidos na comissão tripartite que elaborará a proposta de regulamentação dos aplicativos.

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