A possibilidade de parlamentares da base do governo aproveitarem a votação da reforma tributária para enviar recados a Lula preocupa o Ministério da Fazenda.
O governo ainda não formou base sólida na Câmara dos Deputados e no Senado. O temor na Fazenda é que os parlamentares aproveitem a tramitação da reforma tributária para expressar insatisfações com a articulação política de Lula.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, planeja votar a reforma no primeiro semestre. Se Lira cumprir o prazo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, poderá votar o texto entre setembro e outubro.
A Fazenda trabalha com a mesma previsão. Deputados que tratam do assunto afirmaram aos técnicos do ministério que o relator da proposta, Aguinaldo Ribeiro, do PP da Paraíba, só enviará o texto para votação quando tiver certeza de que ele será aprovado no plenário.
Também há quem diga que a reforma tributária está imune às pressões do Congresso sobre o governo federal por tratar-se de um projeto que Lira quer deixar como legado no campo econômico.
