Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

O interesse de Alcolumbre em pressionar o governo e o STF no Senado

Pauta-bomba da CCJ é explicada por articulação do presidente, Davi Alcolumbre

atualizado 04/10/2023 17:56

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Davi Alcolumbre orçamento secreto - Metrópoles Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre, tem pressionado o governo federal segurando as sabatinas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), e também avançado contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

O raciocínio de Alcolumbre passa por várias etapas. A primeira é o fato de Lula ainda não ter escolhido seu indicado para a vaga de Rosa Weber no STF nem para a de Augusto Aras na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Alcolumbre gostaria que Aras fosse reconduzido, o que muito provavelmente não irá acontecer. Portanto, a pressão é por outro motivo: já que não vai influenciar na PGR, o senador quer Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), no Supremo Tribunal Federal (STF).

Dantas abriria uma vaga no TCU que, como mostrou a coluna, poderia ser ocupada pelo atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Abrindo espaço para uma eleição extemporânea na presidência do Senado, onde o candidato mais forte é… Alcolumbre.

Tudo isso passa também por um bombardeio contra o STF, fazendo um aceno aos bolsonaristas do Senado que o apoiariam como presidente e, hoje, formam uma bancada de oposição de tamanho bem considerável.

A manobra de Alcolumbre depende, porém, de como Lula irá reagir a todo esse quebra-cabeça. Quando o senador tentou pressionar Jair Bolsonaro para retirar a indicação de André Mendonça ao STF, segurando sua sabatina, ele não conseguiu o que queria, mas demonstrou sua influência. Que mantém até hoje.

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