Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Caso Marielle: ex-bombeiro já foi preso com delegada flagrada com R$ 1,8 mi

Maxwell Simões foi preso pela PF; no ano passado, foi detido na mesma operação que flagrou delegada com R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo

atualizado 26/07/2023 7:52

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Imagem colorida mostra Ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, que participou do plano para assassinar a vereadora Marielle Franco, preso na Operação Élpis, chega a Brasília e elevado em comboio policial até o IML da PCDF - Metrópoles Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ex-bombeiro Maxwell Simões, detido na segunda-feira (24/7) pela PF na investigação do caso Marielle, foi preso no ano passado na mesma operação que mirou a delegada Adriana Belém, flagrada com R$ 1,8 milhão em espécie dentro de casa. Simões e Belém fizeram parte da mesma denúncia apresentada pelo Ministério Público fluminense sobre a atuação da milícia e de contraventores no estado.

A dupla foi presa no âmbito da Operação Calígula, em maio de 2022, que apurou uma rede de jogos de azar no Rio de Janeiro e apontou que policiais acobertavam os crimes desse grupo. Entre os exploradores da rede estava Ronnie Lessa, acusado em delação premiada do comparsa Élcio Queiroz de metralhar o carro de Marielle Franco. Lessa também foi denunciado na operação que mirou Belém e Simões, mas não foi preso porque já estava detido, com base no processo que investiga a morte da vereadora.

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O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, foi transferido do Rio de Janeiro para a Penitenciária Federal de Brasília

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O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel, foi transferido do Rio de Janeiro para a Penitenciária Federal de Brasília

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Cerca de 40 policiais federais penais fazem a escolta até a penitenciária

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O ex-bombeiro já havia sido preso em 2022, durante operação do Ministério Público. Na ocasião, ele e outras 11 pessoas foram detidas por integrar uma organização criminosa de jogos de azar no Rio de Janeiro

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Antes de ser encaminhado ao presídio, porém, ele passou pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para exame de corpo de delito

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Suel chegou a ser expulso pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, em maio do ano passado, após ser condenado por atrapalhar as investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.

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O ex-bombeiro ficou no local das 17h54 às 18h05, ou seja, por 11 minutos

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Ele foi preso após delação premiada do ex-policial militar Élcio de Queiroz sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista da parlamentar

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Maxwell Simões foi denunciado, em maio de 2022, pelos crimes de corrupção ativa e organização criminosa. O ex-bombeiro foi descrito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como “pessoa de grande relevância no contexto da organização criminosa” e com “elos antigos” com Ronnie Lessa. Essa organização manteve “sob seu comando diversos policiais corrompidos”, segundo a investigação.

Já a delegada Adriana Belém foi denunciada por corrupção passiva. Ela foi flagrada em casa com R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo. Na ocasião, o filho de Belém tentou, em vão, esconder o dinheiro. A delegada foi solta em outubro de 2022 e afirma até hoje ser inocente.

Agora, Maxwell Simões está preso por sua participação na morte de Marielle Franco. De acordo com as investigações, o ex-bombeiro monitorou os passos da parlamentar antes e depois do atentado. Também recebeu o carro usado no assassinato e ajudou a esconder as armas do crime. Nesta terça-feira (25/7), Simões foi transferido do Rio de Janeiro para um presídio de segurança máxima em Brasília.

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