Lula embarca, nesta quinta-feira (9/2) de manhã, para Washington, nos Estados Unidos, com intuito de cumprir uma agenda curta, de apenas um dia, em que se encontrará com Joe Biden, o senador Bernie Sanders, outros políticos do Partido Democrata e sindicalistas. Janja, a primeira-dama, irá com o presidente. A coluna está em Washington para acompanhar a visita.
O encontro será mais político do que econômico. O objetivo será enviar a mensagem de que os dois países venceram ameaças a suas democracias, Donald Trump e Jair Bolsonaro, e lidam com problemas comuns, como desinformação e discursos de ódio nas redes sociais.
Lula estará acompanhado dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Marina Silva (Meio Ambiente), Anielle Franco (Igualdade Racial), do ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial do presidente, e do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Econômico e Comércio, Marcio Elias Rosa.
O grupo será recebido por Joe Biden na Casa Branca às 17h30 de sexta-feira (10/2), no horário de Brasília. De manhã, Lula se reunirá com o senador Bernie Sanders, do Partido Democrata por Vermont, e, na sequência, com outros políticos do partido. Às 14h, Lula se reunirá com representantes da Federação Americana de Trabalho e Congresso de Organizações Industriais. Esses encontros ocorrerão na Blair House, residência do governo americano para receber convidados do presidente.
A ida de Marina Silva terá o objetivo de marcar a volta do compromisso brasileiro com a conservação ambiental e a busca de um maior engajamento dos países desenvolvidos no cumprimento de seus compromissos de financiamento na área climática.
Também serão discutidos as seguintes pautas: aprofundamento de políticas de direitos humanos, em especial nos temas combate à fome e à pobreza em âmbito global; os direitos dos povos indígenas; e o combate ao racismo. Também será abordada a integração dos dois milhões de brasileiros que vivem nos Estados Unidos, a maior comunidade brasileira no exterior.
Um encontro com empresários que vinha sendo organizado pelo presidente da Apex, Jorge Viana, foi cancelado a pedido de Lula, que solicitou poucos compromissos na agenda, para não ficar muito tempo no exterior. Segundo comunicado distribuído pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência, serão discutidos investimentos na área de transição energética e de geração de energia limpa, com maior integração das cadeias produtivas.
Um dos objetivos brasileiros é tentar ser beneficiado com a política americana recente de desenvolvimento da cadeia produtiva de semicondutores, para fazer frente à escassez global e diminuir a dependência dos Estados Unidos nesta área. A expectativa do Brasil é que parte desses investimentos ocorra no Brasil, já que existe a previsão nos EUA de que parte das novas fábricas a serem construídas seja instalada no exterior.
