Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Lula cogitou afastar Ibaneis Rocha do cargo de governador do DF

Presidente Lula cogitou decretar afastamento de Ibaneis Rocha, governador do DF; medida foi tomada depois por Alexandre de Moraes, do STF

atualizado 09/01/2023 11:24

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Fotografia colorida de homem de terno Igo Estrela/Metropoles

Lula cogitou decretar neste domingo (8/1) o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, em meio ao terrorismo de bolsonaristas na capital federal. O presidente, contudo, desistiu da ideia e ordenou apenas a intervenção federal na segurança do DF. Na madrugada desta segunda-feira (9/1), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afastou Ibaneis do cargo por 90 dias.

Após ouvir diversos interlocutores, Lula foi convencido de que não é possível afirmar categoricamente que Ibaneis foi conivente. A avaliação que prevaleceu foi que o governador pode ter sido enganado por Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do DF que foi demitido no mesmo dia. Torres foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro até o mês passado.

Ministros do STF que conversaram com Lula aconselharam o presidente a focar as ações em Anderson Torres, embora achem que Ibaneis foi, no mínimo, omisso.

Quando anunciou a intervenção na segurança do DF, Lula focou as críticas nominalmente na Polícia Militar do DF.

“Houve incompetência, má vontade ou má fé das pessoas que fazem a segurança pública do Distrito Federal. Não é a primeira vez. Vocês veem nas imagens que eles estão guiando as pessoas à Praça dos Três Poderes. No dia da minha diplomação, vocês viram aquele quebra-quebra. Tacavam fogo em ônibus. Os policiais não faziam nada”, disse. Lula fez referência ao último dia 12, quando bolsonaristas já haviam cometido atos terroristas em Brasília. Naquela ocasião, tentaram invadir a sede da Polícia Federal.

No início da noite deste domingo (7/1), depois que bolsonaristas depredaram as sedes dos Três Poderes, o governador gravou um Lula pedindo desculpas a Lula e chamando os atos de “inaceitáveis”.

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