Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Lira agiu diferente sobre PF quando operação mirava aliado de rival

Arthur Lira minimizou e buscou distância de operação contra assessor; quando alvo era aliado de rival, Lira apontou "gravidade"

atualizado 01/06/2023 17:07

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O presidente da Câmara, Arthur Lira, buscou minimizar e se distanciar de uma operação da Polícia Federal (PF) contra um assessor nesta quinta-feira (1º/6). Em outubro, contudo, quando o alvo da PF era um aliado de seu rival Renan Calheiros, Lira agiu diferente e apontou a “gravidade” da investigação.

Mais cedo, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra Luciano Ferreira Cavalcante, que já trabalhou diretamente para Arthur Lira e seu pai, o então senador Benedito Lira. A operação investiga fraudes de até R$ 8 milhões em Alagoas. Um dos alvos da operação foi surpreendido com um cofre lotado de dinheiro em Brasília.

Disse Lira em entrevista ao G1:

“Eu não posso emitir nenhum juízo de valor. Eu não vou comer essa corda, vou me ater a receber informações mais precisas, e cada um é responsável pelo seu CPF nesta terra e neste país. É um processo antigo”.

Em 11 de outubro, a operação da PF era contra um aliado do senador Renan Calheiros, rival de Lira. O governador de Alagoas, Paulo Dantas, havia sido afastado do cargo pela Justiça. Depois, retornou ao posto. Horas depois, Lira acusou “gravidades” do caso e pediu que a investigação fosse “a fundo”.

“Vocês não podem esconder o fato de que essa operação aconteceu, deve ter gravidades e por acaso fatos que estão ainda em segredo de Justiça. Se uma ministra do STJ dá uma decisão de afastar um governador num período eleitoral, deve ter muita coisa séria. É importante que se vá a fundo em relação a isso. O senador Renan gosta de politizar, talvez tenha tido mais informações do que eu para estar com medo de operação da Polícia Federal”, afirmou Lira em entrevista ao UOL na ocasião.

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Dinheiro apreendido em Brasília

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