A presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na reunião dos países do G7, em Hiroshima, no Japão, não foi uma surpresa para o governo Lula.
Zelesnky havia dito ao assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, que pretendia viajar para a cerimônia do G7. Os dois conversaram presencialmente no dia 10 deste mês, em Kiev.
A organização japonesa do evento também informou ao Itamaraty que havia uma grande possibilidade de Zelensky participar do encontro entre os chefes de Estado.
Os ucranianos só pediram uma reunião bilateral com Lula após a chegada de Zelensky a Hiroshima. O Itamaraty diz que Lula já tinha diversos compromissos pré-agendados e que ofereceu três horários para organizar o encontro, mas Zelensky não tinha disponibilidade para encontrar o presidente brasileiro em nenhum deles.
Existem outras possibilidades para Lula encontrar Zelensky neste ano. Os dois presidentes foram convidados para a reunião entre as nações da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, em julho.
Se Zelensky não participar da cúpula em Bruxelas, uma janela para a agenda bilateral só poderá ser aberta durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, em Nova York.