Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Governo avalia obrigar postos a informar preços dos combustíveis todo dia à ANP

Ministério da Justiça e ANP estudam publicar preços de combustíveis em aplicativo voltado a consumidores; governo espera concorrência maior

atualizado 14/07/2023 8:06

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O governo Lula avalia obrigar postos de combustíveis a informar diariamente o preço de seus produtos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Uma das possibilidades em estudo é que o governo publique as informações em um aplicativo público destinado aos consumidores.

A medida tem sido analisada por autoridades da agência reguladora e da Secretaria Nacional do Consumidor, no Ministério da Justiça, que se reunirão nos próximos dias. O governo estima que o país tenha cerca de 40 mil postos, o que dificulta acompanhar a evolução dos preços e evitar aumentos abusivos. Nas pesquisas periódicas de média de preços, a ANP coleta informações em 440 municípios, cerca de 8% das cidades brasileiras.

Com o aplicativo mostrando preços diários de todos os postos, o ministério espera aumentar a concorrência no setor e reduzir o preço final dos combustíveis. O sistema poderia ser operado pelo ministério, pela ANP ou pelos dois órgãos juntos.

Mesmo com uma nova política de preços da Petrobras e reduções no custo repassado às distribuidoras neste ano, postos de combustíveis em diversos estados têm aumentado os preços. A discrepância fez com que o ministério notificasse as empresas.

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Recentemente, a Petrobras anunciou o aumento de 18,8% na gasolina, e de 24,9% no diesel nas refinarias. Devido ao reajuste, que começou a valer em 11 de março, consumidores passaram a questionar qual combustível é o mais vantajoso na hora de abastecer

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Para saber a resposta, é necessário realizar uma conta básica. Prepare a calculadora (ou a mente!)

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Divida o preço do litro do álcool pelo da gasolina. Caso o resultado seja igual ou inferior a 0,71, o indicado é que o álcool seja utilizado. No entanto, se o resultado for superior a 0,72, significa que a gasolina será o melhor negócio

FG Trade/ Getty Images
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Por exemplo, se nos postos o litro do álcool custa R$ 5,00 e o da gasolina está chegando a R$ 7,00, dividindo o primeiro pelo segundo, o resultado será R$ 0,71. Ou seja, nesse caso, o álcool será mais vantajoso

andresr/ Getty Images
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Levando em consideração o modelo do carro, será necessário dividir o valor do desempenho do automóvel com o álcool pelo desemprenho que ele tem com a gasolina

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Se o veículo circular 7,2 km/litro com álcool e 10 km/l com gasolina, temos 0,72 ou 72% de rendimento com álcool. Nesse caso, a gasolina é a indicada

Artit Fongfung / EyeEm
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Para saber o desempenho que o seu carro faz com cada um dos combustíveis, caso o seu automóvel não tenha computador de bordo que forneça a informação, você precisará encher o tanque e anotar o número ou zerar o hodômetro parcial

PhotoAlto/James Hardy/ Getty Images
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Feito isso, percorra a distância necessária para esvaziar o tanque e o encha novamente com o outro combustível, dividindo o total de litros abastecido pela quilometragem rodada

Westend61/ Getty Images
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Ao descobrir o que o carro faz com cada um dos combustíveis, divida o valor do álcool pelo da gasolina, para saber qual é o mais vantajoso

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Em maio, a Petrobras deixou de adotar a paridade de preços de petróleo e combustíveis derivados, como gasolina e diesel, usado em veículos de grande porte, como caminhões. Essa regra começou a ser adotada em 2016, na gestão Michel Temer, e previa que o preço dos combustíveis seria automaticamente ajustado ao preço do petróleo internacional.

Desde que anunciou a mudança, a Petrobras fez pelo menos três reduções no preço dos combustíveis, em maio e junho. Em maio, a redução da gasolina bateu R$ 0,40 por litro. No mês passado, a gasolina atingiu o menor preço desde 2021.

Nos últimos dias, encher o tanque ficou mais caro com a volta da cobrança integral de impostos federais. Esses impostos sobre a gasolina e o etanol haviam sido zerados em junho de 2022 pelo governo Bolsonaro, quando o então presidente buscava a reeleição.

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