Alguns meses antes de morrer, Gal Costa recebeu uma chamada em vídeo. Do outro lado, estava a cineasta Dandara Ferreira, diretora de “Meu nome é Gal”, filme que conta cinco anos da vida da cantora e chega nesta quinta-feira (12/10) aos cinemas.
“Sabe quem está aqui do meu lado?”, provocou Dandara.
Era Caetano. A cineasta estava com amigos do compositor e da produtora Paula Lavigne em Brasília, onde o casal havia organizado um jantar, na casa do cantor Orlando Moraes.
Caetano e Gal tiveram naquele dia a última conversa antes de ela morrer, em 9 de novembro. Estavam com saudade, fazia tempo que não se falavam.
Mas o objetivo da ligação, da parte de Dandara, era outro. Dias antes, Gilberto Gil havia dito numa entrevista que sonhava em ver de volta os Doces Bárbaros, grupo musical que ele, Gal, Caetano e Bethânia formaram em 1976 para sair em turnê pelo Brasil. Dandara puxou o assunto com Caetano, e perguntou se ele topava. Com a resposta positiva, disparou: “Vamos ligar pra Gal?”.
Gal também topou. Dali, a ideia era consultar Bethânia e tentar pôr os Doces Bárbaros na praça de novo.
A história foi contada por Dandara Ferreira em entrevista à coluna, em que a cineasta conta segredos do filme, bastidores da relação com Gal Costa ao longo dos anos — ela também dirigiu a série documental “O nome dela é Gal”, exibida na HBO, — e sobre como foi interpretar Maria Bethânia no longa.
Assista à íntegra da entrevista abaixo.