Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Favela “ocupada” pelo governo do RJ vira centro de disputa entre milícia e CV

No aniversário de um ano do Cidade Integrada, favela ocupada vive guerra entre milícia e facção criminosa

atualizado 25/01/2023 20:59

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Reprodução

A favela do Muzema, uma das comunidades do Cidade Integrada, projeto de ocupação de favelas lançado pelo governo do Rio de Janeiro há um ano, está no meio de uma disputa entre a milícia e facção Comando Vermelho, a maior do estado.

No dia 21 de janeiro de 2022, primeiro dia das ocupações, o governo do Rio de Janeiro enviou para a Muzema, comunidade historicamente controlada por milicianos, policiais do Batalhão Ambiental acompanhados de alguns agentes da Polícia Civil. Ao longo do ano, permaneceram lá homens do Batalhão Ambiental, que realizaram ações como checagem de crimes de ocupação irregular do solo e grilagem de terras.

Um ano depois, a Muzema, que deveria, em tese, estar sob o controle do programa Cidade Integrada, vive, há dez dias, uma guerra entre os milicianos, que ainda controlam o local, e traficantes do Comando Vermelho. Comunidades vizinhas, como o Rio das Pedras e a Gardênia Azul, também estão ameaçadas.

Setores de inteligência da Polícia Civil e da Polícia Militar investigam se traficantes do Comando Vermelho estão saindo da Rocinha e da Cidade de Deus para invadir a Gardênia Azul, Rio das Pedras e Muzema.

Expandir o controle para a Muzema, Rio das Pedras e Gardênia Azul é um desejo antigo do Comando Vermelho. A Cidade de Deus é a única favela controlada pela facção na região. Policiais consideram que a tentativa de invasão seria questão de tempo. Ou de oportunidade.

Hoje, moradores da Muzema não sabem quem domina a comunidade. Os moradores, contudo, têm uma certeza: não é a Polícia Militar que controla o local.

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