O ex-presidente das Americanas Miguel Gutierrez, acusado de fraude contábil, mudou de estratégia e, nesta terça-feira (7/8), pediu para depor por videoconferência, da Espanha, na CPI que investiga o caso.
Em requerimento enviado à comissão, Gutierrez disse que faltou à sessão nesta semana “por questões de saúde e por encontrar-se fora do país” mas que “a lacuna deixada pela ausência de seu depoimento precisa ser suprida com maior celeridade do que aquela anteriormente imaginada”.
Ele cita uma fala da deputada Fernanda Melchionna, do PSOL do Rio Grande do Sul, que disse na CPI que Gutierrez “certamente, não caiu lá de paraquedas, e que era muito, muito, relacionado com o Sicupira, um dos três acionistas de referência”, como um motivo para “prestar esclarecimentos”.
Em um pedido anterior, Gutierrez havia dito que queria depor em uma sessão fechada. Neste requerimento, ele disse que poderá depor em sessão aberta “de maneira que a verdade material prevaleça não só para os membros dessa Comissão, mas também para o público”.
Segundo o ex-presidente da empresa, nesse caso, ele apresentará documentos sigilosos posteriormente, e não durante seu depoimento.
Por trás da mudança de estratégia, há uma nova equipe de advogados. Gutierrez contratou o escritório de Marcos Joaquim Gonçalves Alves — advogado de políticos e empresários que já atuou na CPI dos Correios e na CPI da Petrobras.