Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Ex-ministro de Bolsonaro acusou Carlos de atuar por Abin paralela

"Um belo dia, Carlos me aparece com um nome de um delegado federal e 3 agentes que seriam uma Abin paralela", disse Gustavo Bebianno em 2020

atualizado 29/01/2024 9:54

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Imagem colorida - Carlos Bolsonaro, conhecido como Carluxo com celular na mão- Metrópoles Redes Sociais/Reprodução

Durante o governo de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro havia sido acusado publicamente por um ex-ministro do Planalto de ter tentado montar uma “Abin paralela”. Nesta segunda-feira (29/1), Carlos é alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) contra supostos monitoramentos ilegais feitos contra pessoas consideradas adversárias dos Bolsonaro.

A PF suspeita que Carlos Bolsonaro e aliados tenham recebido informações de inteligência obtidas ilegalmente. A operação é um desdobramento do cumprimento de mandados de busca na última quinta-feira (25/1) contra o ex-chefe da Abin na gestão Bolsonaro e atual deputado federal Alexandre Ramagem, que também é delegado da PF. Ramagem e Carlos Bolsonaro são amigos.

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Vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos)

Caio César/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
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Carlos Bolsonaro em foto na Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Renan Olaz/CMRJ
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Carlos Bolsonaro

Reprodução / Instagram
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Vereador do Rio Carlos Bolsonaro

Reprodução / Instagram
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Carlos Bolsonaro

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Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro

Redes Sociais/Reprodução

 

Em 2 de março de 2020, Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência de Bolsonaro, afirmou em entrevista ao programa Roda Viva:

“Um belo dia o Carlos me aparece com um nome de um delegado federal e de três agentes que seriam uma Abin paralela, porque ele não confiava na Abin. O general Heleno [então ministro do GSI, a quem a Abin é subordinada] foi chamado, ficou preocupado com aquilo, mas Heleno não é de confronto. A conversa acabou comigo e com o Santos Cruz [então ministro da Secretaria de Governo]. Aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira alguma. Muito pior que o gabinete de ódio, aquilo também seria motivo para impeachment. Depois eu saí, não sei se isso foi instalado ou não”.

Na ocasião, Bebianno se recusou a dizer o nome do delegado da PF envolvido na ação de Carlos Bolsonaro. Ex-coordenador da campanha de Bolsonaro à Presidência, Bebianno foi ministro do Planalto de janeiro a fevereiro de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro. Doze dias depois dessa entrevista, Bebianno morreu de um infarto.

Gustavo Bebianno se referiu ao general Alberto Santos Cruz, outro que se opôs à iniciativa de Carlos e também foi demitido por pressão do vereador. Santos Cruz ficou seis meses no governo.

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