Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Eduardo Bolsonaro silenciou em reunião do governo sobre desarmamento

Deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, participou de reunião no Ministério da Justiça em abril, mas ficou em silêncio

atualizado 30/08/2023 10:14

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O deputado Eduardo Bolsonaro ficou em silêncio durante uma reunião no Ministério da Justiça que preparou o novo decreto de armas do governo Lula, apontou a ata do encontro. Eduardo foi a uma reunião na pasta em abril, três meses antes de a gestão petista endurecer as regras para posse e porte de armas no país.

O encontro no ministério aconteceu em 5 de abril e durou quatro horas. Foi a sexta de 10 reuniões do grupo de trabalho que o governo federal montou para revisar o Estatuto do Desarmamento. Esse colegiado foi criado em 1º de janeiro, horas após Lula subir a rampa do Planalto.

Além de técnicos do governo federal, havia representantes com interesses opostos no encontro. De um lado, contrários à restrição, Eduardo Bolsonaro e representantes de federações de tiro e caça. Do outro, o Instituto Sou da Paz e o Instituto Igarapé, que denunciaram o afrouxamento da fiscalização do setor durante o governo Bolsonaro. O documento foi obtido por meio da Lei de Acesso à Informação.

Sob Bolsonaro, o país bateu recorde de porte, registro e importação de armas, cenário que Lula prometeu mudar ainda na campanha. Em 21 de julho, o governo Lula excluiu militares do gerenciamento do setor; restringiu o acesso de civis a armas e munições; diminuiu o número de armas de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs); limitou o funcionamento de clubes de tiros; e reduziu a validade dos registros de arsenais. Na cerimônia em que assinou o decreto, Lula pregou um “país desarmado”, posicionamento oposto ao de Bolsonaro.

Procurado, o deputado Eduardo Bolsonaro não respondeu. O espaço está aberto a eventuais manifestações.

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