Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

CVM atende Renan Calheiros e abre processo sobre Braskem

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu processo para apurar denúncia

atualizado 26/09/2023 16:21

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Imagem aérea mostra afundamento de bairros em Maceió (AL) por conta da mineração - Metrópoles Igo Estrela/Metrópoles

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu um processo para investigar a Braskem pela suspeita de que a empresa petroquímica teria informado incorretamente seu passivo ambiental, o que permitiria a valorização das ações em uma eventual venda.

O senador Renan Calheiros pediu a investigação alegando que a Braskem subestima o valor do passivo ambiental após o desastre do afundamento do bairro do Pinheiro, provocado pela ação da empresa em Maceió.

Nesta segunda-feira (25/9), o senador teve uma reunião com representantes da empresa. O senador também apresentou um pedido para instalar uma CPI da Braskem no Senado, que já conta com número suficiente de assinaturas e aguarda a apreciação do presidente Rodrigo Pacheco.

O afundamento geológico devido à exploração da empresa na região fez com que a empresa pagasse mais de R$ 2 bilhões às famílias da região. Renan, alinhado ao governador do estado, Paulo Dantas, sustenta que a dívida é maior do que a empresa tem declarado, especialmente devido a ações judiciais que ainda estão em andamento, e pode chegar a até R$ 13 bilhões.

O governo de Alagoas e a Defensoria Pública do estado têm ações em aberto contra a empresa. Nas demonstrações financeiras do final de 2022, a Braskem declarou uma provisão de R$ 6,6 bilhões para “fazer frente às obrigações decorrentes do evento geológico ocorrido na cidade de Maceió”.

Calheiros já havia apresentado um pedido à CVM em maio, mas reiterou seu ofício em setembro anexando o pedido para a abertura da CPI.

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