Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Como bolsonaristas pró-Nunes veem Marta na vice de Boulos

Depois de flerte aberto com Lula, PT e Boulos, Marta deixou o governo Nunes e deve ser adversária dele na eleição

atualizado 10/01/2024 21:30

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O prefeito de São Paulo e a ex-senadora Marta Suplicy -- Metrópoles Divulgação/Prefeitura de SP

Com Marta Suplicy fora da prefeitura de São Paulo e solta na pista para voltar ao PT e ser a candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos, aliados de Jair Bolsonaro no PL favoráveis à reeleição prefeito Ricardo Nunes veem desdobramentos positivos no movimento de Marta.

Avalia-se que Marta, considerada um nome de peso na periferia, onde Boulos já tem força, não acrescentaria votos em regiões onde o deputado precisa buscar novos eleitores. Além disso, carregaria a pecha de “traidora”.

A leitura considera também que a ex-secretária terá dificuldades para vocalizar críticas à gestão do emedebista, por ter sido parte dela durante três anos.

Restariam a ela, por essa avaliação, as alegações ideológicas para mudar de canoa, ou seja, o apoio de Bolsonaro ao prefeito a teria compelido a traí-lo. Uma disputa mais abertamente ideológica é exatamente o que o bolsonarismo deseja, embora Nunes tente se colocar mais ao centro.

Até a definição de Ricardo Nunes pela demissão de Marta Suplicy da Secretaria de Relações Internacionais da prefeitura, diga-se, bolsonaristas vinham criticando o modo como o prefeito conduzia a situação.

Embora se reconheça haver cálculo na postura inicial de Ricardo Nunes de dizer acreditar na lealdade de Marta, para depois apontar traição, o bolsonarismo gostaria de ter visto o prefeito reagir com mais dureza aos desbragados flertes dela com Lula, o PT e Boulos.

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