Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Chanceler de Lula disse a embaixador nos EUA que não repetiria “canalhice” de Ernesto

Forster, embaixador do Brasil nos EUA, era próximo de Olavo de Carvalho e do bolsonarismo

atualizado 10/02/2023 12:57

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Mauro Vieira assume o cargo de ministro das Relações Exteriores brasileiros - Metrópoles Igo Estrela/Metrópoles

Washington (DC) – O embaixador Mauro Vieira, chanceler de Lula, disse ao embaixador do Brasil em Washington, Nestor Forster, que não faria com ele a mesma “canalhice” que Ernesto Araújo fez com ele, Vieira, em 2019, e não o impediria de participar da visita de Lula à capital americana.

O ministro se referia à primeira ida de Jair Bolsonaro à Assembleia Geral da ONU naquele ano, quando Vieira era embaixador na Missão do Brasil no organismo multilateral e foi chamado a serviço a Brasília por Ernesto, com o objetivo de tirá-lo da ONU no momento da visita de Bolsonaro, o mais importante do ano para quem chefia o posto diplomático.

Ernesto já havia tentado forçar Vieira a tirar férias, mas, diante da recusa, convocou o embaixador a Brasília.

Na conversa que teve em janeiro com Forster, Mauro Vieira disse que não haveria problema de o embaixador ficar em Washington quando Lula estivesse na capital. Foi Forster quem preferiu tirar férias.

O embaixador foi um dos mais alinhados ao bolsonarismo nos últimos anos. Amigo pessoal de Olavo de Carvalho, é apontado como a pessoa que apresentou Ernesto Araújo ao polemista.

Forster organizou uma missa em memória de Olavo, a quem também dedicou uma homenagem na embaixada, quando leu um texto por cerca de dez minutos sobre a “importância” do amigo como intelectual.

Forster também se notabilizou por não ter se vacinado, e por isso não era autorizado a entrar no Departamento de Estado, a chancelaria americana.

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