O candidato de Gilberto Kassab à presidência da Câmara dos Deputados, Antonio Brito, da Bahia, tem um problema de imagem para resolver até 2025, quando deve tentar se eleger sucessor de Arthur Lira.
O líder do PSD tem uma personalidade afável e é bem-quisto pelos colegas. Afável até demais, segundo alguns deputados, que o criticam dizendo que Britto não tem o que seria necessário para colocar o governo contra a parede, atributo visto como indispensável para manter o toma-lá-dá-cá.
Seus aliados trabalham para desfazer essa imagem e mostrar que Brito pode ser um líder altivo para a Câmara. No vocabulário dos congressistas, a palavra denota a capacidade de extrair verbas e cargos do Executivo.
Também faz parte dessa pré-campanha mostrar que, como líder do PSD, Brito tem sido democrático com seus correligionários. Quando tem direito a fazer indicações de para onde vai a verba dos ministérios, ele distribui o dinheiro entre seus liderados. Líderes no Congresso geralmente abocanham uma fatia maior que os deputados do baixo clero.
Os dois mais cotados são políticos com perfil bem diferente de Brito: Marcos Pereira, presidente do Republicanos, de São Paulo, e Elmar Nascimento, líder do União Brasil, da Bahia.