Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Bolsonaro já disse que invasão do Capitólio seria “pior” no Brasil

Em 2021, Bolsonaro disse que Brasil teria "problema pior" do que invasão do Congresso nos EUA; bolsonaristas fizeram terrorismo em Brasília

atualizado 09/01/2023 0:52

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

Há dois anos, o então presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil teria “problema pior” que a invasão do Congresso americano. O ato golpista em Washington estimulado pelo ex-presidente Donald Trump havia acontecido na véspera da declaração de Bolsonaro. Neste domingo (8/1), bolsonaristas foram além: depredaram não só o Congresso, mas o STF e o Palácio do Planalto.

“Se nós não tivermos o voto impresso em 22 [2022], uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”, disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio do Alvorada em 7 de janeiro de 2021, um dia depois da invasão do Capitólio. Foi uma das diversas vezes em que o ex-presidente atacou, sem qualquer prova, o processo eleitoral.

Insuflados pelo ex-presidente Donald Trump, derrotado para Joe Biden nas urnas, extremistas tentaram invadir o Congresso americano em 6 de janeiro de 2021 em um dia simbólico. Acontecia a sessão de certificação do resultado da eleição presidencial dos Estados Unidos.

Apesar do ataque golpista, Biden tomou posse duas semanas depois, sem a presença de Trump. Bolsonaro seguiu o script e também faltou à posse de Lula. Viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro, penúltimo dia de mandato.

Nos Estados Unidos, o Departamento de Justiça, o FBI e o Congresso ainda investigam a invasão do Congresso. Até hoje, pelo menos 950 extremistas foram presos.

Neste domingo (8/1), bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes. A conivência da Polícia Militar do DF levou o governo Lula a decretar intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A medida vale até o próximo dia 31. Na madrugada desta segunda-feira (9/1), 0 governador do DF, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias por ordem do STF.

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