Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Assunto proibido sob Bolsonaro, Marielle Franco recebe memorial na EBC

Na gestão Bolsonaro, EBC censurou imagem de Marielle Franco em programa da TV Brasil; estatal também havia proibido termo "ditadura militar"

atualizado 10/03/2023 17:49

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Memorial das Palavras Proibidas na EBC em homenagem a Marielle Franco Reprodução

A advogada Marinete Franco, mãe de Marielle Franco, visitou nesta sexta-feira (10/3) a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que sob Jair Bolsonaro impôs censura a diversos temas relacionados à vereadora, incluindo o assassinato. Marinete participou da inauguração de um “Memorial das palavras proibidas”, ilustrado com o rosto da vereadora assassinada há cinco anos em um crime político ainda sem solução.

Em 2019, durante o governo Bolsonaro, a coluna mostrou que a EBC censurou a imagem de Marielle Franco em um programa da TV Brasil; proibiu os termos “ditadura militar” e “golpe militar”; e a menção a “fuzilamento” para noticiar o assassinado de um músico fuzilado pelo Exército.

A imagem da vereadora no programa de televisão aparecia lateralmente e por apenas cinco segundos. Foi o suficiente para a demissão do diretor de programação da estatal e para o vídeo ser publicado novamente sem esse trecho.

Nos próximos dias, já na gestão Lula, a TV Brasil abordará o legado da vereadora em um episódio do programa “Caminhos da reportagem”.

“A Marielle é um símbolo de resistência para todo mundo. É um ícone. Tem o antes e depois da Marielle”, definiu Marinete. Na EBC, Marinete foi recebida pelo diretor-presidente da empresa, Hélio Doyle, pela diretora de Jornalismo, Flávia Filipini, além de ser acolhida por dezenas de empregados da empresa pública.

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