Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Aras atrasa decisão sobre possíveis grampos da Lava Jato no MPF

Conselho Superior do MPF delibera se irá remeter caso para análise criminal em Curitiba

atualizado 26/04/2023 19:37

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu vista nesta quarta-feira (26/4) de um processo sobre a gravação de ramais de servidores Ministério Público Federal (MPF) por meio de um equipamento adquirido pela Operação Lava Jato.

O relator, Mario Bonsaglia, terminou de ler seu voto sobre o caso na sessão de hoje do Conselho Superior do MPF. Ele recomendou o arquivamento do processo disciplinar contra Deltan Dellagnol, ex-coordenador da Lava Jato e hoje deputado federal.

Segundo ele, em relação à questão disciplinar, houve perda de objeto, já que Dallagnol não é mais procurador. Bonsaglia, porém, recomendou que o caso seja remetido à Procuradoria-Regional da 4ª Região para análise de eventual crime previsto na Lei de Interceptação Telefônica. A lei proíbe grampos sem autorização judicial.

O MPF verificou que, com esse equipamento, houve, de fato, gravações sem o conhecimento de servidores que usavam o ramal. Segundo a Lava Jato, porém, tratou-se de um acidente e as gravações não foram usadas.

A recomendação de que o caso seja remetido para análise criminal foi corroborada pelo voto de outros três conselheiros do MPF. Augusto Aras pediu vista para estudar o processo. Falta apenas um voto para formar uma maioria no conselho, já que há ao menos dois conselheiros, de um total de dez, impedidos de analisar o caso.

A próxima sessão do conselho está marcada para 2 de maio, às 9h.

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