Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Advogado de pedido de suspensão de leniências já atuou para JBS

PSol, Solidariedade e PC do B são representados por ex-advogado da JBS

atualizado 02/04/2023 22:33

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FELIPE RAU/ESTADÃO

O advogado Walfrido Warde, que entrou com uma ação nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão dos acordos de leniência da Operação Lava Jato, já representou a JBS em ações na Justiça.

A J&F, holding da JBS e de outras empresas dos irmãos Batista, será uma das principais beneficiadas por uma eventual suspensão. A holding vem tentando tentando reduzir o valor que se comprometeu a pagar em 2017, de R$ 10,3 bilhões. Até hoje, a empresa pagou apenas R$ 580 milhões, segundo reportagem recente do jornalista Julio Wiziack.

O escritório de Warde representa PSol, Solidariedade e PC do B na ação no STF. Os partidos alegam que teria havido uma ação abusiva do Ministério Público Federal (MPF) nos acordos e que os valores lesadas pelo “punitivismo” do momento histórico da Lava Jato.

Na ação, Warde e outros advogados dos partidos argumentam que o valor alto dos acordos coloca em risco a continuidade da atividade empresarial das empresas, o que traria prejuízos à economia nacional.

Procurado, Warde disse, por meio de sua assessoria, que não representa mais a JBS e que a empresa não tem nada a ver com a ação.

“Desde 2018, Walfrido Warde escreveu três livros sobre leniência, nos quais aponta falhas legais, procedimentais e estruturais na forma como muitos dos acordos de leniência foi pactuada, críticas essas lamentavelmente incompreendidas e objeto de fúria de autoridades que participaram de sua celebração”, diz o escritório, em nota.

“Warde Advogados representou a JBS junto à CVM em 2017 e não advoga na renegociação de seu acordo de leniência.”

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