Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

A “zebra” histórica na eleição para o TCU que preocupa Lira

Eleição para ministro do TCU nem sempre é ganha por quem tem o capital político mais forte

atualizado 02/02/2023 18:33

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O ministro do TCU Augusto Nardes Pedro França/Agência Senado

O histórico de eleições para ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) na Câmara dos Deputados traz um motivo de preocupação para Arthur Lira, presidente da Câmara, que quer emplacar um deputado do Republicanos na vaga.

Jhonatan de Jesus, do Republicanos de Roraima, deve disputar com Fábio Ramalho, do MDB de Minas Gerais, em eleição prevista para esta quinta-feira (2/2). Soraya Santos, do PL do Rio de Janeiro, também é candidata, mas com menos chance.

Em 2005, Augusto Nardes derrotou o candidato do governo Lula com o apoio de Severino Cavalcanti, recém-eleito presidente da Câmara. Nardes era um nome do baixo clero, mas ganhou 203 votos. Estava em seu sexto mandato e presidia a bancada ruralista.

Naquele momento, petistas estavam enfraquecidos com o mensalão, e Nardes conquistou pela simpatia e pelo trato direto que tinha com os demais deputados.

O temor de Lira, segundo aliados, é que Fábio Ramalho seja alçado pelo baixo clero à vaga, como foi Nardes. Fabio Ramalho, o Fabinho, é conhecido por seus banquetes de comida mineira e festas em sua casa.

O discurso de Fabinho, que já concorreu a presidente da Câmara, é justamente em defesa dos interesses da casta mais baixa do Parlamento. Além disso, ele não foi reeleito para a próxima legislatura, o que gera comoção entre seus aliados mais próximos para não deixar Fabinho sem cargo pelos próximos quatro anos.

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