Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

A desculpa da Alerj para mais uma extorsão a Cláudio Castro

O mesmo grupo de deputados da Alerj que conseguiu derrubar dois secretários da Polícia Civil tem uma nova desculpa para arrancar mais cargos

atualizado 01/11/2023 16:39

Compartilhar notícia
Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro Igo Estrela/Metropoles@igoestrela

O mesmo grupo de deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que conseguiu derrubar dois secretários da Polícia Civil tem agora a desculpa perfeita para arrancar mais um cargo do governador Cláudio Castro.

Os políticos querem usar a atuação da Polícia Militar — ou a falta dela — no ataque coordenado da milícia, no dia 23 de outubro, para derrubar o secretário da corporação, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires.

O desejo, entretanto, não nasceu após os incêndios de 37 ônibus e um trem. Desde que as pressões pelo comando da Polícia Civil começaram, a Alerj, o Palácio Guanabara e o próprio coronel Luiz Henrique sabiam que a Polícia Militar seria o próximo alvo.

A desculpa para a retirada do secretário, segundo alega o grupo de deputados liderado pelo presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, seria a relação que o inspetor de Polícia Civil Fernando Hakme teria com a nomeação de Luiz Henrique. Assessor de Castro no Guanabara, Hakme ditava as regras na Segurança Pública do Rio de Janeiro desde que Castro assumiu o governo.

No último mês, o governador nomeou dois secretários de Polícia Civil. O primeiro, José Renato Torres, que durou três semanas no cargo, caiu por pressão do grupo de deputados.

Esses parlamentares indicaram o delegado Marcus Amim para chefiar a corporação. Amim assumiu após Castro mudar a Lei Orgânica da Polícia Civil para possibilitar a nomeação, porque ele nem sequer tinha 10 anos como delegado, como era estipulado.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar