Os sindicatos de Delegados e Policiais Civis do Rio de Janeiro publicaram, nesta quarta-feira (18/10), uma nota de repúdio contra a manobra política que o governador Cláudio Castro fez na noite desta terça-feira (17/10). Castro enviou para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro um projeto de lei complementar que altera os requisitos para o cargo de secretário de Polícia.
A proposta de Castro tem o objetivo de diminuir de 15 para 12 anos o exercício do cargo de delegado para assumir a Secretaria de Polícia Civil. O projeto é uma manobra política para a nomeação do delegado Marcus Amin como secretário de Polícia Civil, que só tem doze anos como delegado.
O desejo da troca se dá três semanas após a nomeação de José Renato Torres. Durante esse tempo, o Palácio Guanabara sofreu pressões da Alerj, em especial do presidente, Rodrigo Bacellar, para derrubar o recém-nomeado secretário de Polícia.
A nota do Sindicato de Delegados de Polícia (Sindelpol-RJ), do Sindicato de Policiais Civis (Sindpol-RJ) e Associação de Delegados do Rio de Janeiro diz que o projeto político de Castro mostra que delegados não devem agir profissionalmente para ascender na corporação, mas se “submeter a caprichos”.
“O que dessa vez causa maior perplexidade, indignação e repulsa em todos os policiais civis do Estado do Rio de Janeiro é a perniciosidade de uma modificação legislativa extemporânea e açodada, pretendida pelo Governador que visa mudar a Lei Maior da Polícia Civil tão somente para, através de redução dos critérios objetivos, aumentar seu grau de discricionariedade na escolha do chefe maior de um órgão com envergadura constitucional”, diz a nota.
