A ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck, disse que o reajuste na remuneração das polícias Civil (PCDF) e Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) será pago já na folha salarial de agosto.
O aumento médio de 18%, dividido em duas parcelas, foi concedido por meio de medida provisória (MP) publicada nessa terça-feira (18/7).
“A gente vai publicar a medida provisória hoje, ainda pela manhã, justamente para que ele [o reajuste] possa entrar na folha de julho e ser pago já no início de agosto. Não tem nenhum prejuízo para esses servidores”, declarou, durante coletiva de imprensa. Assista:
A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF) afirmou que o novo salário da PCDF já será incorporado na folha de pagamento de julho, que cairá na conta dos servidores em agosto, de forma proporcional. PMDF e o CBMDF também confirmaram que o pagamento constará no contracheque de agosto.
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), assinou e publicou a medida provisória (MP) que dá a recomposição salarial para policiais civis e militares e bombeiros.
A incorporação da primeira parcela de 9% em média ocorrerá a partir da publicação da MP. A segunda, de mais 9%, será aplicada em 1º de janeiro de 2024.
Os policiais e bombeiros queriam receber a recomposição salarial em uma única parcela. Em fevereiro deste ano, a então governadora interina, Celina Leão (PP), enviou a proposta de reajuste ao governo federal.
Em junho, representantes do governo federal sugeriram dar o aumento em três parcelas anuais, a partir de 2023. No entanto, a proposta foi rechaçada pela bancada do DF no Congresso Nacional, bem como por representantes dos policiais e dos bombeiros.
Posteriormente, governo federal e sindicatos fecharam acordo para que o aumento às forças de segurança do DF seja pago em duas parcelas: a primeira, em julho de 2023; a segunda, em janeiro de 2024.
Policiais civis, PMs e bombeiros do DF reclamavam da defasagem salarial acumulada. O reajuste mais recente até então — de 8% nos salários da Polícia Civil e de 25% na gratificação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros — havia sido concedido três anos atrás.
Repercussão
“Hoje é um dia de celebração. Reconhecemos isso e agradecemos a todas as pessoas que, independentemente de partido político, abraçaram nossa causa e estiveram conosco”, disse a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Distrito Federal (Sindepo-DF), Cláudia Alcântara.
A categoria de policiais civis, contudo, ainda reivindica a equiparação salarial com a Polícia Federal (PF). “No início da capital da República, éramos uma única polícia, que foi dividida. Não é só uma questão histórica, é uma questão legal”, acrescentou Cláudia.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Enoque Venâncio de Freitas, considerou que o início da retomada da paridade com a PF começou a partir da recomposição concedida nessa terça-feira (18/7).
“Não descansaremos até recuperar a verdadeira dignidade dos policiais civis do DF. Retomar a paridade não é um favor, mas uma obrigação. Buscaremos a concordância junto às autoridades competentes para corrigir essa injustiça”, destacou.
