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Relatório da PF indica que Ibaneis não foi conivente com invasão de 8/1

A Polícia Federal enviou ao STF relatório dos celulares de Ibaneis Rocha. O governador do DF foi afastado do cargo

atualizado 10/02/2023 9:10

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Radicais - Metrópoles Metrópoles

O relatório da Polícia Federal sobre os celulares do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), aponta que o emedebista não foi conivente com as invasões das sedes dos Três Poderes e manteve contato durante o dia 8 de janeiro com autoridades locais e federais.

A PF conclui que, “pela análise da mídia disponível, considerando todo exposto, de forma cronológica, a investigação não revelou atos do governador Ibaneis em mudar planejamento, desfazer ordens de autoridades das forças de segurança, omitir informações a autoridades superiores do governo federal ou mesmo de impedir a repressão do avanço dos manifestantes durante os atos de vandalismo e invasão.”

O documento da PF foi disponibilizado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (9/2). O relatório, ao qual o Metrópoles teve acesso, aponta que Ibaneis fez e recebeu um total de 36 ligações telefônicas entre a véspera da invasão, em 7 de janeiro, e a data dos atos terroristas, no dia 8.

Segundo a PF, após às 15h30 do dia 8/1, quando os atos extremistas estavam em andamento, é possível perceber todo o trato que Ibaneis teve diante da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

A partir daquele momento, Ibaneis fez inúmeros contatos com a vice-governadora Celina Leão (PP), com o delegado da PF e então secretário-executivo de Segurança Pública do DF, Fernando Sousa; com o ministro da Defesa, José Múcio; com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco; e com o ministro da Justiça, Flávio Dino.

O relatório revela troca de mensagens entre Ibaneis e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, no dia anterior às invasões. No diálogo, Pacheco diz que a Polícia do Senado está “um tanto apreensiva” pelas notícias de mobilização e invasão ao Congresso.

Ibaneis responde ao senador: “Já estamos mobilizados. Não teremos problemas. Coloquei todas as forças nas ruas”.

Afastamento

O ministro do STF Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo de governador no dia 8 de janeiro, após a invasão e depredação do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.

À época da decisão, Moraes afirmou que “absolutamente nada justifica a omissão e conivência do secretário de Segurança Pública e do governador do Distrito Federal com criminosos que, previamente, anunciaram que praticariam atos violentos contra os Poderes constituídos”.

Três dias depois, o STF manteve o afastamento de Ibaneis, por maioria dos votos.

Manifestantes golpistas invadem e destroem Palácio do Planalto

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Ibaneis prestou depoimento à Polícia Federal, espontaneamente, no dia 13 de janeiro. O emedebista declarou que ficou “absolutamente surpreendido” com a falta da resistência exigida para a gravidade da situação por parte da Polícia Militar do DF (PMDF).

O governador afastado disse aos policiais que ficou “revoltado” quando viu cenas de alguns PMs confraternizando com manifestantes.

Ibaneis afirmou que “houve algum tipo de sabotagem”, mas que a investigação em andamento deverá esclarecer. Segundo Ibaneis, a exoneração de Anderson Torres se deu porque ele estava ausente do país no momento do “trágico acontecimento” e, portanto, perdeu a confiança no então secretário.

A PF fez busca e apreensão em endereços ligados ao governador afastado, incluindo a mansão onde ele mora, no Lago Sul, em 20 de janeiro. Ibaneis não estava em casa durante a operação. Três dias depois, a defesa do emedebista entregou dois celulares de Ibaneis aos investigadores.

No fim da tarde desta quinta, Alexandre de Moraes autorizou a devolução dos dois celulares do governador afastado.

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