A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), aguarda o resultado da perícia da Polícia Federal (PF) nos celulares do emedebista e o fim da intervenção federal na segurança pública para avançar na tentativa de suspender o afastamento temporário do chefe do Executivo local.
Há uma semana, na segunda-feira (23/1), os advogados de Ibaneis, Cleber Lopes e Alberto Toron, entregaram à Polícia Federal dois iPhones do governador afastado.
A entrega espontânea dos aparelhos ocorreu três dias após a PF cumprir mandado de busca e apreensão em três endereços ligados a Ibaneis. O governador não estava em Brasília no momento em que os agentes da polícia chegaram.
A defesa quer comprovar, com o resultado da perícia, que Ibaneis nada tem a esconder sobre a própria atuação em 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Após a liberação do relatório da PF, sem data para ocorrer, a defesa deve verificar se o Ministério Público Federal (MPF) apresentará algum parecer sobre Ibaneis e que possa levar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes a rever a decisão de afastá-lo do cargo por 90 dias.
Caso o MPF não aja nesse sentido, os advogados devem entrar com um pedido para que o ministro reconsidere o afastamento de Ibaneis. A coluna Grande Angular apurou que, neste momento, a defesa atua com cautela, porque avalia que uma negativa de Moraes poderá protelar o retorno do governador.
Outra situação fundamental para a defesa de Ibaneis é o fim da intervenção federal na segurança pública do DF, decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Tudo se encaminha para que a intervenção se encerre, de fato, nesta terça-feira (31/1).
