Observadora do cenário político do DF, lança luz nos bastidores do poder na capital.

“Pacheco entendeu nossas necessidades”, diz Ibaneis sobre Fundo Constitucional do DF

Os políticos da capital federal se uniram para tentar impedir a inclusão do FCDF no teto do novo regime fiscal

atualizado 07/06/2023 8:09

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O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu o governador Ibaneis Rocha (MDB), oito ex-governadores e integrantes da bancada do Distrito Federal, nesta terça-feira (6/6), para tratar do Fundo Constitucional do DF (FCDF).

Os políticos da capital federal se uniram para tentar impedir a inclusão do FCDF no teto do novo regime fiscal, já aprovado pela Câmara dos Deputados.

Após o término da reunião, o governador Ibaneis disse que Pacheco “entendeu as necessidades” do DF, mas destacou que, agora, o governo e a bancada vão se articular com os demais senadores da Casa.

“O senador Rodrigo Pacheco entendeu bem as nossas posições e necessidades. Agora vamos partir para a articulação política no Senado Federal. Primeiro, com o objetivo de fazer a retirada do artigo 14 e, caso não seja possível, que a gente consiga o veto do presidente da República pela manutenção do Distrito Federal da forma como se encontra. Essa foi a tônica da reunião”, afirmou o governador.

Veja o discurso de Ibaneis Rocha sobre a reunião com Pacheco:

Limite de crescimento anual

O relator do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP-BA), incluiu o FCDF no limite de crescimento anual. Isso significa que o fundo só poderá ser reajustado, anualmente, até 2,5% mais a inflação. Segundo cálculos da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (Seplad), se a medida for efetivada, o DF poderá perder R$ 87 bilhões.

Segundo Ibaneis, se o limite for imposto, o Governo do DF fará corte de despesas, redução de salários e de concursos públicos, porque a capital do país não tem outras fontes de recursos. “O território é pequeno, não tenho possibilidade de industrialização. Temos uma cidade tombada, onde não posso sequer ter prédios mais altos”, disse.

Um estudo da Câmara dos Deputados, porém, mostra que a perda para a capital do país será de apenas R$ 1,1 bilhão até 2030.

O FCDF custeia as forças de segurança da capital do país e parte da Saúde e Educação. Em 2023, o fundo tem R$ 22,9 bilhões. Esse valor representa 41% de todo o Orçamento do DF.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou não ter dúvidas de que o cenário é favorável ao DF. “A grande maioria dos senadores já entendeu e vai nos ajudar a retirar isso do texto”, declarou.

A senadora Leila Barros (PDT-DF) disse que a bancada do DF tenta retirar o Fundo Constitucional do texto do arcabouço. “Mas isso é um trabalho, corpo a corpo. A bancada terá grande desafio que é conversar com base e oposição para trabalhar o convencimento e entendimento desse impacto para o Distrito Federal”, afirmou.

“Os parlamentares e a sociedade, de uma forma geral, têm de entender que esse é um mecanismo de funcionamento fundamental para a manutenção das nossas forças de segurança e, também, para o orçamento da saúde e educação do Distrito Federal”, destacou Leila.

Deputada federal pelo PL, Bia Kicis frisou a importância do FCDF para a saúde financeira da capital. “Uma foto improvável que reuniu as mais diversas personalidades da política de Brasília revela que o tema do Fundo Constitucional é da maior importância para a sobrevivência da autonomia política do DF, e vital para os serviços públicos prestados na capital da República”, disse.

Nomes da política brasiliense se reuniram em defesa do FCDF nesta terça-feira - Metrópoles

Estiveram no evento: os senadores Izalci Lucas (PSDB), Leila Barros (PDT) e Damares Alves (Republicanos); os deputados Alberto Fraga (PL), Gilvan Máximo (Republicanos), Reginaldo Veras (PDT), Bia Kicis (PL) e Erika Kokay (PT); os ex-governadores Cristovam Buarque (Cidadania), Maria de Lourdes Abadia (União), Rogério Rosso (PP), Wilson Lima, Agnelo Queiroz (PT), Rodrigo Rollemberg (PSB), José Roberto Arruda (sem partido), Bia Kicis (PL-DF) e Paulo Octávio (PSD). O secretário de Planejamento, Orçamento e Administração, Ney Ferraz, também acompanhou o encontro.

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