Inicialmente criado como Instituto de Direito Público, o atual Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) completou 25 anos no mês passado. Um dos fundadores, o ministro e decano do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, está na faculdade todas as quartas-feiras, pela manhã, para ministrar aula de jurisdição constitucional.
Em entrevista ao Metrópoles, nesta quinta-feira (11/5), Gilmar Mendes disse que hoje não tem nenhuma ingerência sobre a gestão do IDP: “Na verdade, hoje, me considero mais um animador cultural. A gestão está confiada integralmente ao meu filho Francisco”.
Gilmar Mendes fundou o IDP em 1998, ao lado de Paulo Gustavo Gonet Branco, atual subprocurador-geral da República, e do ex-procurador-geral da República Inocêncio Mártires Coelho. Mendes só seria indicado ao STF quatro anos depois.
“Começamos, na verdade, como experiência de três professores. Imaginávamos que houvesse espaço para debate mais pluralista do que aquele, por exemplo, que ocorria na Universidade de Brasília, naquele momento, com toda aquela patrulha ideológica, coisas assim. Foi nessa perspectiva. Inicialmente, não era projeto de investimento, mas aventura acadêmica”, contou o ministro do Supremo.
Atualmente, o IDP oferta cursos de graduação em direito e outras áreas, como arquitetura, administração, engenharia de software, publicidade e propaganda. Também tem especialização, mestrado e doutorado. O curso de psicologia já foi autorizado e deve ser implementado em 2024, segundo Gilmar Mendes.
“[O IDP] Também está em processo bastante ambicioso de internacionalização. Muitos dos nossos alunos vão para o exterior, onde temos parceiros”, afirmou.
Na entrevista, o ministro também se posicionou contra proposta de mandato fixo para ministro do STF, comentou sugestão de redução da maioridade penal e falou sobre a indicação para a vaga em aberto de ministro do STF. Assista:
