O Governo do Distrito Federal (GDF) pediu à Justiça aplicação de multa de R$ 500 mil para cada hora de continuidade da greve dos rodoviários, iniciada nesta segunda-feira (6/11).
No domingo (5/11), logo após a categoria decidir pela paralisação das atividades, o governo, por meio da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), acionou a Justiça do Trabalho, na tentativa de impedir a greve.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), desembargador Alexandre Nery de Oliveira, deferiu pedido de liminar do GDF e determinou a suspensão do movimento, mas o magistrado fixou em R$ 10 mil a multa para cada hora de descumprimento da decisão.
Mesmo com a suspensão judicial, os rodoviários amanheceram em greve. A população do DF enfrentou dificuldades para se deslocar desde as primeiras horas desta segunda-feira (6/11).
O desembargador entendeu que houve “falha crucial” na deflagração da greve, porque a categoria não observou a necessidade de comunicar sobre o movimento à população e às empresas de ônibus 72 horas antes de iniciá-lo.
As empresas de transporte público do DF apresentaram aos rodoviários proposta com reajuste de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico, além de reajuste de 8% no tíquete-alimentação e de 10% na cesta básica. No entanto, a categoria considerou os índices propostos insatisfatórios e optou por cruzar os braços.
Ao determinar a paralisação da greve, o presidente do TRT-10 também marcou, para a tarde desta segunda-feira (6/11), uma audiência, a fim de que as partes cheguem a um acordo.
