A defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma série de documentos para comprovar a tese de que o Governo do Distrito Federal tentou acabar com o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
São 56 páginas de documentos oficiais da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Polícia Militar do DF e Polícia Civil do DF sobre uma operação marcada para o dia 29 de dezembro de 2022, com objetivo de retirar comércio ilegal no acampamento bolsonarista.
Porém, segundo depoimento de Ibaneis e do ex-comandante-geral da PMDF Fábio Augusto Vieira à Polícia Federal, a operação não ocorreu porque o Exército impediu.
Com as informações oficiais, a defesa de Ibaneis quer derrubar a alegação de que houve “total inércia no encerramento do acampamento criminoso na frente do QG do Exército, no Distrito Federal, mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas, que inclusive tiveram suas prisões temporárias e preventivas decretadas”.
Esse foi um dos argumentos citados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes na decisão em que determinou o afastamento de Ibaneis do cargo de governador pelo período de 90 dias.
Ibaneis foi afastado da função após a invasão e depredação do STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. O então comandante-geral da PMDF foi preso, assim como Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública na ocasião.