O Video Assistant Referee (VAR), tecnologia que chegou há cinco anos para corrigir erros de arbitragem, bateu o recorde de intervenções em uma única temporada da La Liga, o Campeonato da Espanha. Foram 179 chamadas para correções de jogadas (atrás do recorde de 156 em 2019-20).
Segundo o jornal Diário As, nesta temporada, 38 jogos tiveram mudanças feitas pelo VAR, que foi decisivo para determinar quem se proclamou campeão da Liga e quem conseguiu se classificar para a Champions.
Em uma classificação hipotética sem VAR na Primeira Divisão, teríamos um cenário um pouco diferente, diz o As. Por exemplo, o Barcelona não seria o campeão da liga, mas o Real Madrid. O Barça terminou o campeonato com 88 pontos. Sem a tecnologia, seriam seis pontos a menos.
O VAR considerou que os árbitros erraram em quatro ocasiões que poderiam lhe custar pontos: contra Valencia, Athletic e Real Madrid. Só subtraiu pontos na última rodada contra o Celta, quando anulou um gol e permitiu que o time de Vigo levasse os três.
Já o Real Madrid, das 25 irrupções que viveu nesta campanha, teve quatro que foram decisivas e custaram pontos. Seriam mais seis pontos na classificação, se não existisse esta tecnologia, e o time teria conquistado o título da temporada 2022/23.
O jornal, sediado em Madrid, conclui com uma opinião contundente sobre o uso da tecnologia no futebol:
“A filosofia do VAR é ajudar o árbitro de campo a corrigir seus erros e tornar o futebol mais justo. Embora nesta temporada, o uso desta ferramenta tenha sido duramente criticado e atacado por vários clubes, que afirmaram que várias de suas decisões foram erradas… Embora o CTA sempre tenha denunciado que muitas equipes quiseram converter acertos de arbitragem em erros de acordo com a conveniência de cada equipe”.
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