Perdão pelo trocadilho, mas o Água Santa é um milagre do futebol paulista. Um time que tem folha de pagamento 22 vezes menor do que a do Palmeiras, encarou o atual campeão brasileiro sem nenhum temor. Ganhou de 2 x 1, mas poderia ter sido mais.
A rigor, o Palmeiras tinha a obrigação de vencer. Desde a primeira rodada desse Paulistão já estava escrito que o Verdão chegaria pelo menos à final. Só que, nesse jogo contra o bravíssimo time do Água Santa, o Verdão tomou calor do começo ao fim.
Endrick desencabula
A única boa notícia para o Palmeiras foi o gol marcado por Endrick, garoto de 16 anos que entrou no intervalo, pressionado por um jejum de 13 partidas sem marcar. No segundo toque que deu na bola, mandou para as redes. Foi um gol de oportunismo, daqueles em que o atacante precisa estar no lugar certo, na hora certa. Depois ainda fez uma jogada magistral na linha de fundo, que seus companheiros de ataque não souberam concluir.
Por essa e por outras, o nome de Endrick, seu gol, suas jogadas geniais estão neste momento nas manchetes dos principais veículos esportivos da Europa. Independentemente do resultado do jogo, o mundo inteiro acompanha seus passos. Todos estavam preocupados com o jejum, mas o garoto tem uma personalidade incrível. Nunca mostrou abatimento.
Para que se tenha uma ideia da grandeza do nome de Endrick, basta dizer Dudu, o maior salário do Palmeiras (R$ 2,1 milhões por mês) não marca gols há 14 jogos e quase ninguém se preocupa com isso.
Domingo que vem tem mais. E o Palmeiras precisa ficar esperto.
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